Esboço de um estudo experimental de exploração do movimento. Em busca de modalidades inclusivas de movimento para pessoas que não costumam dançar
DOI:
https://doi.org/10.59514/2954-7261.3151Palavras-chave:
Dança, Exploração do Movimento, Autoconhecimento CinestésicoResumo
Este projeto de investigação prático-teórica em curso, está a ser desenvolvido no âmbito do doutoramento em Artes Performativas e da Imagem em Movimento (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa) e orientado pelo Professor Doutor Jorge Ramos do Ó e pela Professora Doutora Madalena Xavier Silva. O projeto consiste no desenvolvimento de um conjunto de dispositivos mediadores da exploração do movimento, visando a descrição, a interpretação e a compreensão do modo como pessoas que não costumam dançar experienciam ‘modalidades inclusivas de movimento’. Para tal, em dezembro de 2022, iniciei a dinamização de um primeiro ciclo de sessões de movimento. Subsequentemente, em maio de 2023, dinamizei o segundo ciclo. Estas sessões, para além das propostas de exploração do movimento, incluem práticas conducentes à tomada de consciência do corpo próprio e ao acesso à interioridade dos participantes no estúdio de dança. As finalidades últimas desta investigação decorrem do meu interesse em afinar a minha prática enquanto professora de dança, assim como visam o aperfeiçoamento de dispositivos que conduzam à exploração do movimento. Assim, este projeto pretende desenvolver uma investigação com uma dupla intencionalidade, ou seja, a otimização da minha intervenção pedagógica, e também uma intencionalidade heurística (a produção artístico-teórica do objeto em estudo). Noutros termos, ao longo do desenvolvimento de dispositivos de exploração do movimento com os participantes, estarei atenta a possíveis desvelamentos teóricos do âmbito pedagógico e artístico.
Downloads
Referências
Ásmundsdóttir, L. M. & Pinheiro, I. (2022). What Happens in Performers’ Minds? Dancers’ and Musicians’: Inner Conversations. APRIA Journal, 2nd of November.
Bachelard, G. (1978). A poética do espaço. São Paulo: Abril Cultural.
Bakhtin, M. (2022). Problemas da obra de Dostoiévski. São Paulo: Editora 34.
Bataille, G. (2021). A Experiência Interior. Lisboa: Edições 70.
Barad, K. (2012). On Touching – The Inhuman That Therefore I Am. A Journal of Feminist Cultural Studies, Vol. 23, 206–223.
Benjamin, W. (2011). Origem do Drama Trágico Alemão. Belo Horizonte: Autêntica.
Borges, J. L. (1999). O Aleph. Porto Alegre: Editora Globo.
Braun, N. & Kotera, Y. (2021). Influence of Dance on Embodied Self-Awareness and Well-Being: An Interpretative Phenomenological Exploration, Journal of Creativity in Mental Health, DOI: 10.1080/15401383.2021.1924910
Cox, C. (1997). The "Subject" of Nietzsche's Perspectivism. Journal of the History 0f Philosophy, Vol. 35 (2) 269–291.
Dostoievski, F. (2022). Diário do Escritor. Lisboa: Relógio D'Água.
Dostoiévski, F. (2012). Os Irmãos Karamázov. Lisboa: Relógio D'Água.
Feldenkrais, M. (1987). Awareness Through Movement: Health Exercises for Personal Growth. Middlesex: Penguin Books Ltd.
Forti, S. (2010). Materia Prima. In, M. Buckwalter (Ed.), Composing while Dancing An Improviser’s Companion. Madison: The University of Wisconsin Press.
Gadamer, H.-G. (1996). Vérité et Méthode. Editions du Seuil.
Gadamer, H.-G. (1995). Langage et Vérité. Editions Gallimard.
Gil, J. (2004). Abrir o Corpo. In T. M. G. Fonseca & S. Engelman, (Eds.), Corpo, Arte e Clínica (pp.1-11). Porto Alegre: Ed.UFRGS.
Ginot, I. (2014). Penser les somatiques avec Feldenkrais: Politiques et esthétiques d’une pratique corporelle. Lavérune: Éditions L’Entretemps.
Ginot, I. (2013). Douceurs somatiques. Repères, cahier de danse, Vol. 32, 21-25.
Giovagnoli, R. (2021). Habitual Behavior: Bridging the Gap between I-Intentionality and We-Intentionality. Academia Letters, Article 389.
Heidegger, M. (2001). Seminários de Zollikon. São Paulo: Vozes.
Henriques, A. (2021). A Grande Travessia: textos académicos para gente do risco e do movimento ousado. Currículo sem Fronteiras, Vol. 21, 523-539.
Jappe, A. (2008). Guy Debord. Lisboa: Antígona.
Lepecki, A. (2013). Choreopolice and Choreopolitics: or the task of the dancer. The MIT Press, Vol. 57, N. 4, 13-27.
Marques, A. & Xavier, M. (2013). Criatividade em Dança: Conceções, Métodos e Processos de Composição Coreográfica no Ensino da Dança. Revista Portuguesa de Educação Artística, Vol. 3. 47–59.
Merleau-Ponty, M. (2005). Phenomenology of Perception. Taylor and Francis e-Library.
Merritt, M. (2015). Thinking-Is-Moving: Dance, Agency, and a Radically Enacted Mind. Phenomenology and the Cognitive Sciences 14 (1), 95-110.
Moscovici, S. (1988). Notes towards a description of social representations. European Journal of Social Psychology, Vol. 18, 211-250.
Musil, R. (2018). O Homem sem Qualidades. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Ó, J. R. (2019). Fazer a Mão – Por Uma Escrita Inventiva Na Universidade. Lisboa: Edições Do Saguão.
Patton, M. (2015). Qualitative research & Evaluation Methods. SAGE Publications, Inc.
Pereira, F. (2002). Social construction of knowledge and social construction of self-concept: Thinking about learning in youth. Conférence non publiée proferée à la Fedora-Psyche Conference: Cognition, motivation and emotion: Dynamics in the academic environment. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Rancière, J. (2021). Tempos modernos: arte, tempo, política. São Paulo: n-1 edições.
Sholl, R. (2021). Feldenkrais, Freud, Lacan and Gould: How to Love Thyself for Thy Neighbour. In R. Sholl (Ed.), The Feldenkrais Method in Creative Practice: Dance, Music and Theatre (pp. 69 - 91). London, New York, Oxford, New Delhi, Sydney: Methuen Drama.
Shusterman, R. (2012). Thinking Through the Body: Essays in Somaesthetics. Cambridge: Cambridge University Press.
Spatz, B. (2015). What a body can do. Technique as Knowledge, Practice as Research. London & New York: Routledge.
Taylor, C. (2009). A Ética da Autenticidade. Lisboa: Edições 70.
Turner, R. (2010). Steve Paxton's “Interior Techniques”: Contact Improvisation and Political Power. TDR/The Drama Review, Vol. 54: 3 (207), 123–135.
Varela, F., Rosch, E., Thompson, E. (1993). The Embodied Mind: Cognitive Science and Human Experience. Cambridge, MA: The MIT Press.
Vörös, S. (2020). Mind Embodied, Mind Bodified: Merleau-Ponty and the Enactive Turn in Mind Sciences. Études phénoménologiques – Phenomenological Studies, Vol. 4, 91–117.